Sítio 100 GRANA vê o lançamento do “Homem Aranha 3” em Belém.

O sítio 100 Grana.com é criado e mantido por figuras de Belém que pretendem falar na Internet em representação aos cinéfilos, quadrinéfilos e heróinéfilos sem grana. Na verdade, jovens jornalistas que exercitam sua escrita sobre cinema, música, quadrinhos e e cena cultural mais midiática que rola pela cidade de Belém.

Recentemente, o 100 Grana publicou interessante crítica sobre o lançamento do filme “Homem Aranha 3” no complexo Moviecom do Shopping Castanheira em Belém (foto). Além de comentar questões mais opinativas sobre o film em si, demonstra como foi montado o “circo” entorno do evento no Shopping, que amontoou o público como gado a espera da ração. Vale a pena dar uma conferida no texto. Acesse o link aqui!

Chegou a Hora d’A Euterpia Revirar o Sótão!

Após anos de chão de rodado A Euterpia finalmente lança “Revirando o Sótão”, o primeiro CD oficial. Depois de colocar nas ruas, de mão em mão, um CD demo há alguns anos – que todo mundo em Belém já ouviu ou já ouviu falar – a banda conseguiu recursos para gravar em estúdio 14 músicas, algumas novas, muitas clássicas, mas todas de autoria do grupo. Demorou, mas saiu, com direito a edição de luxo com livrinho cheio de fotos e letras das músicas. Deve ter sido difícil selecionar, mas a sequência do disco ficou muito boa! No final, temos um trabalho cuidadoso, feito com muito carinho, por um grupo de músicos jovens e inovadores, que criam sobre diversas referências musicais um som renovado e contagiante.

Nascida em Belém por volta de 1998, A Euterpia já teve outras formações, com gente que acabou saindo, trilhando outros rumos, mas que deixou letras e acordes que se propagam com uma interessante independência no público de Belém. Hoje, viajada e experiente, A Euterpia apresenta uma possibilidade de criação musical através do diálogo entre diversas referências culturais e tendo Belém como local de partida para o mundo. Vamos comparecer e propagar esse som pela rede! E viva A Euterpia!

O Bomgá da Mata entrevistou, por e-mail, o baterista d’A Euterpia Carlos “Canhão” Brito:

B.M: Como foi esse processo até o primeiro CD oficial? Como vocês conseguiram recursos pra bancar a produção? Fala um pouco do tempo entre aquele CD-demo famoso que todo mundo tem uma cópia até o CD oficial.

C.C: O processo de produção do CD,gravação,mixagem foi todo bancado do nosso bolso,e na pressagem tivemos o apoio do Ná Figueredo,pois apesar do projeto ter sido aprovado pela lei semear,não conseguimos patrocinio e daquele antigo Cd demo (que também foi bancado do nosso bolso), regravamos 05 músicas dele com novos arranjos.

B.M: E agora, depois do disco consumado, como a banda pensa em propagar esse material? Como vocês se relacionam com a Internet e como pensam em “espalhar” esse CD?

C.C: O disco está sendo distribuido pela tratore e já está sendo vendido em lojas em São Paulo, Minas Gerais, Santos, Brasília e Rio de Janeiro, além de alguns site, tais como www.mubi.com , www.ladodedentro.com.br, www.submarino.com.

B.M: Como tá sendo a participação d’A Euterpia nesse festivais e movimentos musicais independentes no Brasil? É fácil o relacionamento com essa galera?

C.C: Até agora tocamos no Serasgum no Rock (em Belém), Grito-Rock em Cuiabá, e estamos aguardando respostas pra tocarmos em outros festivais. O relacionamento e bom, são pessoas legais e que sabem das dificuldades das bandas, pois eles também tem muita dificuldade pra organizar tais festivais.

B.M: Desde que A Euterpia começou na década passada e se reestruturou lá por 2001/2002, muitas coisas já aconteceram e mudaram na cena musical de Belém. Será que agora é a nossa vez de acontecer, agora que a indústria musical ta mais híbrida e aberta ao independente?

C.C: Com certeza sim, e nós torcemos muito pra que isso aconteça,as bandas de Belém hoje estão mais organizadas (mais profissionais) e temos grandes chances de que tudo dê certo.

B.M: Essa cara mista da música d’A Euterpia é que faz o trabalho de vocês dialogar com várias tribos (se é que ainda existe isso…) e estilos, vocês acreditam que o futuro da nossa produção musical no Pará é a experimentação, a derrubada de fronteiras entre rock, mpp, mpb, brega, tecno, merengue, heavy, blá, blá, blá?

C.C: Isso é uma coisa engraçada,pois algumas pessoas acham que A Euterpia,é muito MPB, e outras acham que já é muito rock, então as vezes ajuda, pois já tocamos em eventos junto com Nilson Chaves, Simone Almeida e outros artista da MPB, e também tocamos em eventos exclusivamente de rock, e outros eventos onde tinha também o pessoal do Tecnobrega, mas nós não preocupamos com isso, pois conseguimos nos relacionar bem com os todos os meios.
Não sei a experimentação é o futuro da produção musical paraense, até mesmo porque pra nós, isso já é uma realidade e pretendemos continuar experimentando.

SERVIÇO: Show de lançamento do CD “Revirando o Sótão”. Teatro Margarida Schiwasappa (Tv. Rui Barbosa, Nazaré – Belém, PA). Dia 08/05/2007 às 20 horas. Ingressos R$ 15,00 nas lojas Mito e Ná Figueredo (meia entrada para estudantes).

Para saber mais, ouvir e assistir A Euterpia, visite nossa página especial da banda, clique aqui!

A Euterpia

Revirando o Sótão

O primeiro CD oficial de uns dos grupos mais interessantes do novo movimento musical de Belém!

Leia entrevista, resenhas e ouça as músicas!

O Bomgá da Mata entrevistou, por e-mail, o baterista d’A Euterpia Carlos “Canhão” Brito, poucos dias antes do lançamento de “Revirando o Sótão” em 08/05/2007:

B.M: Como foi esse processo até o primeiro CD oficial? Como vocês conseguiram recursos pra bancar a produção? Fala um pouco do tempo entre aquele CD-demo famoso que todo mundo tem uma cópia até o CD oficial.

C.C: O processo de produção do CD,gravação,mixagem foi todo bancado do nosso bolso,e na pressagem tivemos o apoio do Ná Figueredo,pois apesar do projeto ter sido aprovado pela lei semear,não conseguimos patrocinio e daquele antigo Cd demo (que também foi bancado do nosso bolso), regravamos 05 músicas dele com novos arranjos.

B.M: E agora, depois do disco consumado, como a banda pensa em propagar esse material? Como vocês se relacionam com a Internet e como pensam em “espalhar” esse CD?

C.C: O disco está sendo distribuido pela tratore e já está sendo vendido em lojas em São Paulo, Minas Gerais, Santos, Brasília e Rio de Janeiro, além de alguns site, tais como http://http://www.mubi.com.br/octopus/?sid=8, http://http://www.ladodedentro.com.br/, http://http://www.submarino.com.br/.

B.M: Como tá sendo a participação d’A Euterpia nesse festivais e movimentos musicais independentes no Brasil? É fácil o relacionamento com essa galera?

C.C: Até agora tocamos no Serasgum no Rock (em Belém), Grito-Rock em Cuiabá, e estamos aguardando respostas pra tocarmos em outros festivais. O relacionamento e bom, são pessoas legais e que sabem das dificuldades das bandas, pois eles também tem muita dificuldade pra organizar tais festivais.

B.M: Desde que A Euterpia começou na década passada e se reestruturou lá por 2001/2002, muitas coisas já aconteceram e mudaram na cena musical de Belém. Será que agora é a nossa vez de acontecer, agora que a indústria musical ta mais híbrida e aberta ao independente?

C.C: Com certeza sim, e nós torcemos muito pra que isso aconteça,as bandas de Belém hoje estão mais organizadas (mais profissionais) e temos grandes chances de que tudo dê certo.

B.M: Essa cara mista da música d’A Euterpia é que faz o trabalho de vocês dialogar com várias tribos (se é que ainda existe isso…) e estilos, vocês acreditam que o futuro da nossa produção musical no Pará é a experimentação, a derrubada de fronteiras entre rock, mpp, mpb, brega, tecno, merengue, heavy, blá, blá, blá?

C.C: Isso é uma coisa engraçada,pois algumas pessoas acham que A Euterpia,é muito MPB, e outras acham que já é muito rock, então as vezes ajuda, pois já tocamos em eventos junto com Nilson Chaves, Simone Almeida e outros artista da MPB, e também tocamos em eventos exclusivamente de rock, e outros eventos onde tinha também o pessoal do Tecnobrega, mas nós não preocupamos com isso, pois conseguimos nos relacionar bem com os todos os meios.
Não sei a experimentação é o futuro da produção musical paraense, até mesmo porque pra nós, isso já é uma realidade e pretendemos continuar experimentando.

——————————————————————————–

O SÓTÃO JAMAIS SERÁ O MESMO

(Por Marcelo Damazo/ Jornalista e Produtor Cultural de Belém-PA)

Revirando o Sótão, primeiro disco da banda paraense A Euterpia, revela uma banda madura que capricha do visual à canção Capricho. Essa fixação que transita entre a trágica e a virtude é o que pode definir o esperado “debut” da banda Euterpia. Revirando o Sótão é uma obra de arte desde o encarte (um dos mais belos que já surgiu em Belém) às ordens das músicas e arranjos. Depois de sete anos de espera, desde sua formação doidona, com espírito totalmente juvenil, A Euterpia já demonstrava um talento absurdo em composições ricas em poesia (nas músicas elas soam legal), experimentalismo e nenhum rabo preso com uma tendência ou influência decisiva. A dupla Antônio Novaes e Márcio “Pato” são remanescentes dessa origem e permanecem em seus instrumentos até hoje: Pato no baixo e Antônio na guitarra, violão e voz. Antônio Novaes, no entanto, concentra em sua autoria as canções que fizeram a banda ser como ela é hoje em dia, cultuada por uma legião de fãs, que vai desde o neo-hippie e pessoal de teatro a jornalistas enjoados e punks tenebrosos. REVIRANDO O SÓTÃO – O disco de estréia do quinteto é daqueles que você, ao escutar, olha o encarte, sente a poesia de Novaes na voz de Marisa, os experimentos do guitarrista Tom, o capricho (olha ele de novo) de Márcio e a criatividade do baterista “Canhão” e, por fim, conclui: é um disco para a posteridade. Daqueles em que você facilmente escuta no carro com sua mãe, dá de presente para um fã de jazz e MPB, analisa simetricamente as canções com seus amigos, canta segurando na mão da namorada e, por que não, coloca na pista de dança. Se um disco onde, entre as 14 faixas, se escolhe facilmente seis hits radiofônicos, certamente é um álbum para brilhar na prateleira para daqui a, no mínimo, 20 anos. “Veneza” e “Revirando o Sótão” são músicas de refrões facilmente assimiláveis dentro de uma categoria cada vez mais rara, o pop inteligente; “Dentro da Caixa” embala um belo strip-tease; “Dia de Alcatrão” é a música mais cheia de nuances que já escutei; “O Purgo” é uma ousadia no novo jazz; “Sono de Milus” é um daqueles exemplos de letra poética milimetricamente bem encaixada na melodia; e a circense “Apague Apreço” e “Atrás de um Riso Estridente” é o rock fora de rótulos. Antônio Novaes é dono de uma linha de composição que esclarece suas influências, abre margens para inúmeras interpretações e abraça o experimentalismo como poucos conseguem fazer. É claro que isso só é possível graças a uma coisa: talento. Quer dizer, uma só não, duas. Capricho. Marcelo Damazo.

——————————————————————————–

RESENHA DO SITE MUBI – http://http://www.mubi.com.br/octopus/?sid=8

O nome do grupo vem do nome científico do fruto açaí (euterpe oleraceae). Euterpe é também o nome mitológico da musa grega da música e da poesia lírica. O grupo vem de Belém/PA e é um agradável sopro de criatividade no pop brasileiro. Sem medo de correr riscos, o grupo une teatralidade a um leque de influências que vai de Mutantes e a Tropicália, passando pelos revolucionários Arrigo Barnabé e Tom Zé, tudo temperado com um saboroso molho pop. A vocalista Marisa Brito dona de uma voz doce com tendendo para o agudo é perfeita para emoldurar as melodias altamente assobiáveis do grupo. Os arranjos do grupo também impressionam, com poucos recursos em sua maioria calcado nos instrumentos acústicos os caras descolam soluções criativas como em Veneza com ótima letra e inspirado diálogo de flauta/violão e a mistura ska/frevo/xaxado de Gramótica. O humor e a teatralidade explodem na ótima Brechó do Brega. Destaque também para a singela homenagem a duas grandes influências da banda, Arrigo Barnabé e Tom Zé em Revirando o Sotão.

——————————————————————————–

Resenha do Festival GRITO ROCK-CUIABÁ (Revista Dynamite online)

Por Humberto Finatti, enviado especial a Cuiabá – MT

“…domingo foi dominada pelo blues power do acreano Mamelucos, pelo já conhecidíssimo e incendiário set instrumental do trio Macaco Bong (que estreou no show seu novo baixista), pelo rock “carnavalesco” (e cada vez mais nervoso ao vivo) do Ecos Falsos e pela maior surpresa da noite, o paraense (da capital, Belém) A Euterpia: um sexteto primoroso, que fundamenta seus procedimentos sonoros em mpb classuda e nas experimentações da vanguarda paulistana dos anos 80 (leia-se Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção), além de doses concentradas de Mutantes. Com arranjos adornados por flautas, uma performance instrumental acachapante (o violonista Antonio Novaes demonstrou possuir rara erudição musical para o meio independente) e harmonias vocais absurdas de geniais (cortesia da meiga, bonita e simpática vocalista Marisa Brito, que já estudou canto lírico), A Euterpia mostrou que é possível – e como! – fugir do óbvio e da mesmice musical que tomou conta também da cena alternativa nacional. São lições, enfim, que as outras bandas da noite (Bucefalo Alquimia, Wasted Nation, Zen Finn, Toa Toa, Aoxin e Dragsters) poderiam tomar para si, mesmo que queiram continuar produzindo metal melódico ou emocore insosso.

——————————————————————————–

Músicas: Escute aqui algumas músicas de “Revirando o Sótão”.

O Purgo

Revirando o Sótão

Atrás de um Riso Estridente

Vídeos do Youtube:

 

“Tô Que Tô (Todo Preto)”

“Sono de Milus”

“Revirando o Sótão”

——————————————————————————–

Ficha Técnica:

A Euterpia

Marisa Brito: voz

Antônio Novaes: violão, voz e escaleta

Tom Salazar Cano: guitarra, bandolim e backing vocal

Marcio “Pato” Melo: contrabaixo

Carlos “Canhão” Brito: bateria

Washington Csak: flauta

Músicos Convidados:

Alcir Meireles: flauta transversal

Marcus Puff: saxofone

Arthur Alves: violoncello

Mapyu: percussão

Gravação e Mixagem:

Digital Studio (maio/2005 a abril/2006)

Produção Musical: Alcir Meireles

Produção Executiva: Marcel Arêde

Arranjos: A Euterpia e Alcir Meireles

Mixagem: Alcir Meireles e Carlos “Canhão” Brito

Masterização: Alcir Meireles

————————————————————-

Outros sítios d’A Euterpia:

Trana Virtual

BelRock

Jambú Cultural Homenageia a Cultura Indígena Brasileira.

As paisagens culturais amazônicas desenhadas e redesenhadas pelas tantas influências da colonização brasileira, pelas tradições e imaginários, cada vez mais assumem suas formas diante do mundo.

Uma cultura híbrida, cujos tons foram dados pelos que vieram habitar a terra brasílis, e principalmente por seus habitantes primeiros das tantas nações indígenas, que nos 507 anos de história de Brasil, são determinantes para um identidade nacional.

A Quinta Cultural do mês de abril, apresenta o Espetáculo “Jambú Musical”, como um convite a reflexão e ao deleite através do acesso a essa identidade cultural brasileira proporcionada pela jovialidade da banda La Pupuña (foto), com seu estilo rock caribenho-amazônico, sucesso em todos os lugares, em sintonia com a virtuosidade e swing dos experientes instrumentistas das Metaleiras da Amazônia culminando na primeira curimbolada da Quinta Cultural, pelas mãos artistas de diferentes grupos parafolclóricos do Pará.
Espetáculo para ouvir, ver, saborear, com toques diversos de nosso multiculturalismo, que faz do Brasil e da Amazônia, além de sua biodiversidade, lugares realmente especiais para o mundo.

Serviço: Quinta Cultural apresenta “Jambú Musical”. Data: 03/05/2007. Local: Teatro Maria Sylvia Nunes na Estação das Docas (Belém-PA). Ingresso: 1kg de alimento não perecível (trocar no Espaço Cultural do Banco da Amazônia na Avenida Presidente Vargas, 800 – Centro).

(Palavras de MÔNICA MARQUES – Belém, PA).